Alexandre Galgani é hoje um dos maiores nomes do tiro esportivo paralímpico brasileiro. Sua história, no entanto, começou marcada por um desafio. Em 2002, aos 18 anos, sofreu um acidente ao mergulhar em uma piscina, que causou lesão na coluna e a perda dos movimentos do corpo.
Durante meses, sua vida foi uma incerteza, mas, com muito esforço em fisioterapia e apoio familiar, conseguiu recuperar parte da mobilidade. A paixão pelo tiro, cultivada desde a infância, voltou a fazer parte de sua vida e se transformou em combustível para uma trajetória esportiva de destaque.
A caminhada até os Jogos Paralímpicos
O primeiro grande passo aconteceu no Rio 2016, quando representou o Brasil ao lado de outros atletas na estreia paralímpica. Já em Tóquio 2020, foi o único brasileiro na modalidade, ficando entre os dez primeiros na carabina de ar deitado 10m SH2.
A loja Coronel Armas, de Campinas (SP), aponta que essas experiências o prepararam para o momento de consagração que viria em Paris 2024, onde entrou para a história do esporte brasileiro.
Paris 2024: um feito inédito
Na capital francesa, Alexandre conquistou a primeira medalha do Brasil no tiro esportivo em Jogos Paralímpicos. O feito aconteceu na prova R5 Carabina de Ar – 10 m – Posição Deitado Misto SH2, em que ficou com a medalha de prata ao somar 254,2 pontos, atrás apenas do francês Tanguy de la Forest, campeão olímpico.
O resultado foi histórico não apenas para o atleta, mas também para o país, que enfim subiu ao pódio em uma modalidade presente no programa paralímpico desde 1976.
Conquistas no ciclo anterior
Antes da prata em Paris, Galgani já acumulava importantes resultados. Em Santiago 2023, brilhou nos Jogos Parapan-Americanos com duas medalhas: ouro na carabina 50m e prata na carabina 10m, além de bater o recorde Parapan-Americano.
No mesmo ano, fez parte do trio que garantiu o bronze no Mundial de Lima, junto de Bruno Kiefer e Jéssica Michalack. Essas conquistas pavimentaram o caminho para a medalha inédita e mostraram sua consistência em alto nível.
Apoio e futuro promissor
Atualmente, Alexandre integra o Team TAURUS CBC, recebendo suporte de marcas que investem no desenvolvimento do tiro esportivo no Brasil. Esse patrocínio tem sido fundamental para que mantenha treinos de alto rendimento e continue competindo nas principais competições internacionais.
Com o futuro em mente, o atirador já tem como metas o Mundial de 2026, na Coreia do Sul, e os Jogos de Los Angeles 2028, onde sonha repetir — e até superar — o feito histórico de Paris. Sua jornada é exemplo de que disciplina, paixão e resiliência podem transformar vidas e inspirar novas gerações no esporte.
Para saber mais sobre o assunto, acesse:
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